Um dia falhei em não conseguir me conter
Outro dia farei mais para conseguir me abster
Qualquer dia ficarei um tempo sem falhas
Mais ou menos dias terei de novo que contá-las.
Não só porque alguns pensamentos são como agulhas
Não apenas porque tantas vezes pensamos no passado
Mas tanto mesmo são questões que passam e se passam
Menos por essas pontas que fincam causando fagulhas.
Vorazes ausências do que não tenho quase me entorpecem
Francas presenças de coisas me furto a entender os macetes
Fracas certezas do que quero, mesmo tempo que as desquero
Fortes palavras, palavrões e expressões que saem em falsetes.
Consoantes soltas sem verbo, sem termos, com textos
Contextos prontos sem meros intentos, tentativas frustradas
Malditas pelejas antigas tornando a dar a volta nas estradas
Benditas proezas novas que surgem para causar pretextos.
Tudo por causa dos bons cuidados com a tão prezada vivenda.
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