Passo 1 Se o amor por ser exato não cabe si E por ser encantado, o amor revela-se Apenas por ser amor, invade e fim.
Se um veleiro repousasse em minha mão E a mim tocasse, com sentimento Partiria rumo certo ao meu coração.
Se um dia alguém me peguntar por que voltei E voltasse, mesmo que alguém nem esperasse No tempo aonde estive, nada mais passasse.
Passo 2 Se os olhos são como o espelho d'alma E a força de um olhar faz o corpo tremer
Resgatar a esperança dentro de mim Lá se vão as águas para o mar sem fim.
Se o futuro não é mais como era antigamente E a verdade é nada mais que tecido velho Quimeras, anseios que vamos conseguir.
Se a dúvida se faz mais forte ante a certeza E embora pouco nos reste mais que a esperança Vamos embora... pois que tanto adianta esperar!?
Passo 3 Se risonhos lindos campos têm mais flores E a alegria nos olhos da criança é viver Que venham dias, galos, noites e quintais.
Se ainda se quer alguém em quem confiar E enquanto desconfia-se da própria sombra Ensimesmado, julga-se-á ser o bastante.
Se em caráter terminativo vê-se o mundo E em angústia teme-se a vinda do novo Nada em vão, se arraigados somos, firmes formos, êxito teremos.
(Versos incidentais inspirados em Djavan, Jesse, Belchior, Renato Russo, Vandré, Banda Zero e Hino Nacional)
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